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West Side Story
Tendo em conta que foste fazer o casting por acaso, de que forma recebeste a notícia de que tinhas sido escolhido para interpretar o papel de Tony, o protagonista? Como te sentiste na estreia?
Ricardo Soler - Quando o elenco foi definido, eu não fiquei logo como protagonista: o Tony era o Rui Andrade e a Maria era interpretada pela Cátia Tavares e pela Bárbara Barradas, eu fazia um dos “Jets” o A-RAB e nas primeiras duas semanas cheguei a aprender grande parte do papel. Ao fim dessas semanas, houve reestruturação do elenco e o Sr. Filipe La Féria disse-me : “Comece a concentrar-se no Tony e esqueça o A-Rab”, aí sim, lembro-me de ter ficado muito satisfeito e de ter pensado que afinal tinha valido mesmo a pena.
Qual a sensação de contracenares com actores como a Cátia Tavares, Lúcia Moniz, entre outros, alguns já consagrados em vários musicais de Filipe La Féria?
RS - É uma sensação fantástica, aprendemos sempre tanto! Adoro chegar aos agradecimentos e olhar para um lado e ver a Cátia Tavares e olhar para o outro e ver a Lúcia Moniz que eu sempre admirei. Cada pessoa daquele elenco encerra em si uma história de vida e uma experiência profissional singular, e sinto que todos me ajudaram a desenvolver o “meu” Tony.
As pessoas sentem que te entregas completamente em tudo o que fazes... No teatro, de que maneira é essa entrega, para que um dia não seja igual ao outro?
RS - Como sou ainda um principiante, a minha entrega baseia-se em acreditar naquilo que estou a dizer e que a personagem está a viver. Se eu acreditar, acho que as pessoas sentir-se-ão mais predispostas a acreditar em tudo aquilo que se está a passar ali! E o teatro é mágico e torna possível o impossível!
Sonhos e projectos para o futuro...
Na tua carreira musical, tens algum sonho que gostarias de ver concretizado em breve?
RS - Tenho concretizado tantos sonhos…gostava de poder fazer um dueto com a Lúcia Moniz, já que o sonho de trabalhar com ela se realizou, gostava que se materializasse numa canção!
Que o instrumento musical gostarias de aprender (uma vez que manifestas interesse em aprender um, para poderes compor as tuas músicas)?
RS - Gostaria de voltar a tentar a aprender a tocar viola, mas sou muito descoordenado manualmente e acabo sempre por fazer mais desgraça do que propriamente música!
Para quando um CD de originais? Consegues descrever como o idealizas?
RS - Tenho a consciência absoluta de que, um CD de originais seria a melhor maneira de poder agradecer a todo o público que me apoiou desde sempre, mas acho que é algo muito difícil de concretizar. Não sei responder quando é que este CD vai aparecer. Tenho uma ideia bastante clara em relação ao CD que idealizo…gostava que as letras fossem todas minhas…
Em que te inspiras quando compões as tuas letras? Idealizas logo a sonoridade que gostarias que a canção tivesse?
RS - Escrevo desde os 13 anos. Escrevia muito em inglês, português e até castelhano. Hoje em dia só escrevo em português porque é como me faz mais sentido e inspiro-me em pequenas coisas diárias, em situações que vivi ou que sei que os outros viveram. Quando estou a escrever imagino logo a sonoridade que a canção poderia ter e às vezes até surge uma melodia que gravo logo no telemóvel para não me esquecer! Tenho cadernos, papeis, blocos cheios de letras!
De todos os duetos, trios, que já fizeste qual a pessoa com quem mais gostaste de cantar?
RS - Não quero cometer nenhuma injustiça porque todas essas oportunidades foram muito importantes, mas sem dúvida que a Helena Vieira foi a pessoa com quem mais gostei de cantar e de partilhar um palco e ainda ter a sorte de receber um prémio!
Se escolhesses uma canção para te definir não apenas enquanto cantor mas sobretudo como pessoa, qual escolherias? Porquê?
RS - Pergunta muito difícil porque sempre ouvi de tudo na minha vida e é-me tão difícil escolher apenas uma...mas “Return To Innocence” dos Enigma. É uma canção que me leva a viajar, que me faz sentir os quatro elementos, que me leva ao meu passado, que me faz aproveitar o presente e sonhar com o futuro e que me faz acreditar em coisas melhores!
Depois de tudo o que te aconteceu recentemente (O.T., Festival da Canção, Sinatra Blue Eyes, Chamar a Música, West Side Story...), ainda te consideras uma pessoa pessimista?
RS - Acredito que todas as coisas que sucederam até agora foram atingidas com trabalho, dedicação e acima de tudo de forma honesta e que por isso me foram tornando mais confiante e mais forte, o pessimismo às vezes ainda teima em aparecer, mas é cada vez mais raro.
Curiosidades
Tens algum tipo de amuleto ou superstição, ou alguém/alguma coisa que te inspire e te ajude a dar o teu máximo nas tuas actuações?
RS - Antes de cada actuação gosto sempre de a dedicar aos meus avós que já partiram e ao meu primo Maestro José Marinho, para que me guiem, me acompanhem e para me fazerem dar o meu melhor!
Se tivesses um dia só para ti o que farias e para onde ias? Ias sozinho?
RS - Se tivesse um dia só para mim, fazia as malas e ia viajar e conhecer o mundo…se ia sozinho? Muito provavelmente…adoro explorar o mundo que me rodeia e estar sozinho permite-me sempre pensar na minha vida, organizar ideias e melhorar!
Qual a situação mais embaraçosa/ inesperada que já te aconteceu em cima de um palco?
RS - Já aconteceram as mais diversas situações: colocarem um cão em cima do palco e o pobre coitado estar assustadíssimo; darem-me um copo de vinho para a mão (não suporto vinho!) e só me deixarem continuar o concerto depois de beber o copo todo; uma vez no musical do Sinatra, os meus colegas colaram-me os copos do gin à toalha e quando os fui levantar para os encher com gin veio a toalha toda atrás; mas sem dúvida que a situação mais embaraçosa foi num concerto na Madeira com a Denisa, em que o organizador do concerto no fim do mesmo, pegou no microfone e pediu para que eu e a Denisa déssemos um beijo na boca para toda a gente ver!! Só me lembro de me querer enfiar num buraco qualquer enquanto a Denisa, toda chateada dizia “não dou beijos na boca aos meus amigos!”
O público reconhece o teu trabalho? Tens uma relação positiva com os teus admiradores?
RS - Graças a Deus fui sempre muito bem aceite pelo público e continuam a apoiar-me em todos os projectos onde estou inserido. Adoro conhecer as pessoas e poder agradecer-lhes pelo apoio é algo que faço sempre questão de fazer! Tento sempre estar disponível para dar atenção a toda a gente, tirar fotos, dar autógrafos e conhecer melhor as pessoas que me puseram onde eu estou agora. A todos muito obrigado!
Obrigada a todas as pessoas que nos ajudaram a elaborar esta entrevista, enviando as suas perguntas. E um agradecimento especial ao Ricardo pela disponibilidade que nos concedeu para responder a todas as nossas questões!